A apicultura é uma atividade essencial para o equilíbrio e sustentabilidade do meio ambiente. As abelhas respondem por cerca de 80% da polinização dos vegetais. Dessa forma, a apicultura contribui, de forma eficaz, para minimizar a interferência e a degradação da natureza, corroborando com a produção integrada na agropecuária.
Criar abelhas é de suma importância para a agricultura pela efetiva polinização, que, por sua vez, provoca um significativo aumento na produção agrícola. Para ter ideia, a cada quilo de subproduto apícola, a polinização incrementa outros 15 quilos de alimentos. Nesse sentido, sem a existência de abelhas, seria impossível a sobrevivência do ser humano.
O processo de desenvolvimento da agricultura no Brasil, entretanto, é uma cópia do padrão convencional, espalhando os principais impactos indesejáveis da moderna agricultura, como a destruição das florestas, a erosão dos solos e a contaminação dos recursos naturais.
Aos poucos, essa lógica predatória vai perdendo espaço na sociedade e as abelhas motivam essa nossa mudança. Investir na agricultura é fomentar a produção de alimentos, o equilíbrio ambiental e, principalmente, promover a justiça social, harmonizando aspectos econômicos, sociais e ecológicos
Na perspectiva econômica, o apicultor brasileiro é duplamente privilegiado. O Brasil é visto, internacionalmente, como a última reserva de oxigênio do planeta, o que garante a excelência dos produtos apícolas, além do clima tropical, que torna a atividade rentável durante todo o ano.
A apicultura também tem um importante papel no desenvolvimento social. A atividade garante a ocupação da mão de obra familiar, fixando o homem à sua terra. Porém, o maior ganho social, é a melhora da saúde da população. A incorporação de produtos apícolas nos hábitos alimentares significa economia na aquisição de medicamentos, já que é um alimento funcional e está na fronteira dos remédios.
A natureza também sai ganhando com a expansão da apicultura. A atividade preconiza a conservação das matas e da biodiversidade, já que as abelhas necessitam de plantas para retirar seu alimento. As matas ciliares, excelentes fontes de alimentos para esses insetos, também são a garantia da recuperação dos recursos hídricos.
A transformação do apicultor em um “fiscal da natureza”, preocupado com a conservação de matas e recursos hídricos, provoca uma mudança de postura do agricultor. O apicultor passa agir contra queimadas e difunde a educação ambiental junto a seus vizinhos e amigos. O produtor rural do segmento apícola sabe que preservar o meio ambiente dá lucro e é bom não somente para os olhos e a saúde, mas também para o bolso.
O Brasil tem defendido uma “economia verde social”, que vá além da conservação ambiental, garanta distribuição de renda e acesso à saúde e à educação. A degradação ambiental impõe elevados custos à sociedade, além do empobrecimento do produtor rural.
O desafio de desenvolver a produção agropecuária com sustentabilidade exigirá a adoção de múltiplas estratégias que passam pela geração e difusão de tecnologias ambientalmente adequadas, estruturação de sistemas de informações agroambientais integrados e aplicação de instrumentos econômicos que possam minimizar os fatores externos negativos ao setor. Nesse cenário, é de suma importância salientar que a apicultura contribui muito para a sustentabilidade, bem como para a renovação de todos os bens naturais.
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Por Irone Martins, cooperado da CONAP